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sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Biblioteca de teses – Aliete Villacorta de Barros

Produção de biodiesel a partir de sistemas agroflorestais

Aliete Villacorta de Barros

O presente estudo teve como objetivo avaliar aspectos técnicos e econômicos

de sistemas agroflorestais com eucalipto, como alternativa de uso da terra favorável tanto à formação de biomassa florestal para produção de energia quanto à produção de matéria-prima (óleo bruto) para obtenção de biodiesel a partir de culturas anuais como soja e girassol na região de cerrado em Minas Gerais.

Os dados para a pesquisa foram oriundos da empresa Votorantim Metais Agro, situada no município de Vazante, noroeste do estado de Minas Gerais, a qual dispõe de uma Unidade de Sistemas Agroflorestais. Com base nesses dados, foram simulados e estudados cenários de SAF, formados a partir do eucalipto como componente florestal, variando-se seu ciclo de corte e culturas agrícolas como arroz, soja e girassol e capim para engorda de animais como componentes agrícolas e pastoril.

Foram calculados os custos dos fatores de produção, receitas resultantes e apresentados seus fluxos de caixa atualizados às taxas de juros de 12% a.a e 18% a.a. Através de critérios econômicos como Valor Presente Líquido (VPL), Razão Benefício/Custo (RB/C), Benefício Custo Periódico Equivalente (B(C)PE),Taxa Interna de Retorno (TIR) e Valor Esperado da Terra (VET), foram avaliados os retornos financeiros dos referidos SAF.

Os resultados indicaram que os SAF estudados apresentaram custos e receitas crescentes proporcionais à sua duração ou rotação do eucalipto (3 a 7 anos) e em função de seus componentes (arroz, soja e girassol e animal no pasto), resultando em fluxos de caixa com saldos positivos para o SAF 1, SAF 2 e SAF 7, atualizados às taxas de juros de 12% a.a. e 18% a.a.; do SAF 3 ao SAF 6, mais o SAF 8, seus saldos foram positivos apenas à taxa de 12% a.a., enquanto o SAF 9 e SAF 10 apresentaram saldos negativos nas duas taxas de juros estudadas. Com base nos referidos critérios econômicos, obteve-se VPL positivos nas mesmas proporções referidas para os fluxos de caixa. As TIR foram maiores que a taxa mínima de atratividade apenas no SAF 1, SAF 2 e SAF 7 à taxa de 12% a.a.. As razões B/C foram maiores que a unidade, do SAF 1 ao SAF 8 à 12%a.a. e à 18%a.a. apenas para o SAF 1, SAF 2 e SAF 7. Os valores para B(C)PE e VET se comportaram exatamente como VPL.

Conclui-se dessa forma, que o SAF 1, SAF 2 e SAF 7 são considerados economicamente viáveis, se considerada a produção de grãos (soja e girassol). Quanto ao componente florestal (eucalipto) para produção de biomassa florestal para energia, o mesmo mostrou-se eficaz em todos os SAF estudados. Se conduzidos para produção de biodiesel, sinalizaram viabilidade pelas amortizações dos custos dos componentes arroz e madeira o SAF 3, SAF 4 e SAF 8. Conclui-se dessa forma, que principalmente esses podem ser indicados como sistemas de produção viáveis não só para produção de energia e grãos para alimento, mas também para produção de óleo para biodiesel, garantindo o retorno financeiro do investimento.

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Biblioteca de teses – Carlos Alberto Morais Passos

Sistemas agroflorestais com eucalipto para uso em programas de fomento florestal, na região de Divinópolis, MG

Carlos Alberto Morais Passos

O objetivo deste trabalho foi fazer uma avaliação inicial de desenhos agroflorestais com eucalipto, para uso em programas de fomento florestal, na região de Divinópolis MG. A partir de um diagnóstico da região de ação do programa de fomento florestal da Pains Florestal S. A, foram desenhadas e avaliadas alternativas agroflorestais, quanto aos critérios de produtividade, rentabilidade financeira e de impactos ambientais.

Foi adotado o método taungya, e os desenhos agroflorestais consistiram nos consórcios do Eucalyptus urophylla, plantado nos espaçamentos de 3 x 2, 4 x 1,5, 5 x 1,5, 9 x 1 e 5 x 2 m, com cultura de arroz ou feijão, entre as fileiras de árvores, por ocasião da implantação florestal e um ano após a esta. Foram comparadas as produtividades dos consórcios com a dos monocultivos agrícolas e florestais, nos respectivos espaçamentos.

As variáveis usadas na avaliação da produtividade foram a produtividade efetiva de grãos e o volume de madeira comercial, considerado como o da primeira tora de 3 m, tendo sido comparadas por meio do índice de equivalência de área. A rentabilidade financeira foi avaliada pelos critérios da razão beneficio/custo e do custo da madeira em pé. Além dessas variáveis, foi feita uma análise do desempenho das árvores quanto ao DAP, à altura total, à altura dominante e à sobrevivência. A avaliação de impactos ambientais foi feita pelo método da matriz de interações e pela listagem de controle.

Os resultados obtidos mostraram que os consórcios foram mais eficientes no uso do solo e tenderam a ser mais rentáveis financeiramente do que os monocultivos de eucalipto. O monocultivo de feijão obteve a maior rentabilidade financeira, enquanto os consórcios com feijão foram mais produtivos e eficientes na utilização do solo que os outros desenhos testados, sendo, também, mais rentáveis financeiramente que as demais alternativas florestais e agroflorestais. Observou-se a tendência de a produtividade florestal ser afetada negativamente pela redução da densidade de árvores e ser indiferente quanto à distância entre fileiras de árvores e de a produtividade de grãos ser favorecida por esta redução da densidade ou pelo aumento da distância entre fileiras de árvores.

Os impactos ambientais negativos do uso do método taungya incidiram, principalmente, sobre os meios físico e biótico das fases de implantação e de manutenção, sendo, na maioria, negativos, diretos, de abrangência regional, permanentes e irreversíveis, necessitando, portanto, da adoção de medidas mitigadoras preventivas desses impactos ambientais, pelos proprietários rurais e empresas fomentadoras, de forma a elevar a sustentabilidade destes programas.

Os impactos positivos incidiram, na sua maioria, sobre o meio antrópico das fases de implantação e manutenção, justificando o uso do método taungya, em programas de fomento florestal. No entanto, é necessária a adoção, pelos proprietários rurais, pelas empresas fomentadoras e pelos órgãos governamentais, de medidas que potencializem os impactos ambientais positivos, de forma a ampliar os seus benefícios.

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Biblioteca de teses – Carlos Vitorino Dantas Moniz

Comportamento inicial do eucalipto (Eucalyptus torelliana F. Muell), em plantio consorciado com milho (Zea mays L.), no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais

Carlos Vitorino Dantas Moniz

O presente trabalho foi conduzido em área experimental pertencente à Cenibra Florestal S.A., no Município de Belo Oriente, Minas Gerais. Estudou-se a viabilidade do sistema “taungya”, envolvendo o consórcio do eucalipto com o milho.

O eucalipto foi consorciado com diferentes densidades de plantio do milho, correspondentes a uma, duas, três e quatro fileiras da cultura agrícola entre as filas da espécie florestal, sendo o eucalipto e o milho comparados com os respectivos plantios em monocultivo. Para o eucalipto, foram feitas avaliações da sobrevivência; medições da altura e dos diâmetros da copa e do coleto; e contagens do número de folhas.

Obteve-se o peso de matéria seca do caule, dos galhos e das folhas e ainda foi registrado o tempo gasto nas capinas. Para o milho, fizeram-se avaliações do “stand” final, mediu-se a altura, determinou-se a produção de grãos e obteve-se o peso de 100 grãos. Os resultados mostraram que o eucalipto consorciado com uma fileira de milho apresentou um crescimento semelhante ao do eucalipto solteiro. Observou-se, porém, uma relativa influência negativa sobre o crescimento do eucalipto, quando se fez o consórcio deste com duas, três e quatro fileiras de milho. A modalidade de consórcio do eucalipto com uma fileira de milho, na densidade de 25.000 plantas de milho por hectare, apresentou maior produção de grãos por planta, inclusive em relação ao milho em monocultivo. A produção de milho, resultante desse tipo de consorciação, provocou uma diminuição dos custos de implantação florestal entre 59,75% e 79,43%, dependendo da sua densidade.

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Biblioteca de teses - Cleber Carvalho de Castro

Estudo das incertezas envolvidas no processo de desenvolvimento de pesquisas com organismos geneticamente modificados no Brasil

Prof. Dr. Cleber Carvalho de Castro

O objetivo principal do estudo foi analisar a influência das incertezas legais, mercadológicas e tecnológicas no desenvolvimento de pesquisas com Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) aplicados à agricultura no Brasil. Para tanto foi realizado um estudo multicasos em oito centros de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D (4 públicos e 4 privados) de caráter qualitativo e exploratório.

Para a realização dos estudos de casos foram realizadas entrevistas não-estruturadas (no período de agosto a outubro de 2005) com representantes de cada uma das empresas selecionadas, tendo como base um protocolo de pesquisa. Também foram coletados dados secundários de diferentes fontes.

Observou-se que, apesar da polêmica instaurada em torno dos OGMs, as pesquisas e o plantio comercial vem avançando de forma significativa no Brasil e no mundo. Apesar desta expansão, percebeu-se que a incerteza legal, mercadológica e tecnológica vêm influenciando as decisões de pesquisa nos centros de P&D. A incerteza legal, observada principalmente pelo excesso de burocracia na aprovação dos pedidos e a lentidão na regulamentação da lei 11.105 de março de 2005, levou muitos centros de P&D a abortar ou adiar projetos de pesquisa.

A incerteza mercadológica, observada principalmente pela resistência da população em aceitar a nova tecnologia tem levado a uma maior cautela por parte dos centros de P&D no momento das decisões de investimentos. A incerteza tecnológica, observada pelas possibilidades de conflitos de patentes e disputas entre empresas, é identificada como a menos impactante no processo de decisão de pesquisa.

Conforme se conclui pela pesquisa, as incertezas identificadas têm levado os centros de P&D a ficarem mais atentos aos movimentos do ambiente institucional e a buscarem novas capacitações na busca por uma vantagem competitiva sustentável no mercado.

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Biblioteca de teses - Marcelo Dias Müller

Produção de madeira para geração de energia elétrica numa plantação clonal de eucalipto em Itamarandiba, MG

Marcelo Dias Müller

Este trabalho teve como objetivo principal mostrar o potencial da biomassa de eucalipto para a geração de energia elétrica distribuída, por meio da simulação de um projeto piloto de reflorestamento com eucalipto. Foi implantado um experimento em áreas da ACESITA energética, no município de Itamarandiba, MG, utilizando o delineamento experimental em blocos ao acaso (3 repetições), no esquema de parcelas subdivididas (“Split Plot in time”).

As parcelas foram constituídas por 5 espaçamentos iniciais de plantio e a subparcela, pelas épocas de medição (6, 12, 18 e 24 meses). A partir dos dados de produção em biomassa/hectare foi calculada a área necessária para atender a três plantas com diferentes capacidades instaladas (1MW, 5MW e 10MW). Para avaliação da viabilidade econômica, foram considerados os custos de implantação, manutenção e colheita por hectare, para cada espaçamento, nos três diferentes cenários.

Em seguida foi realizada uma projeção de receitas com a comercialização de créditos de carbono. Foram estimados o VPL, o B(C)PE , a relação B/C e a TIR para a avaliação dos tratamentos. A fim de avaliar os aspectos ambientais relacionados com o sistema de manejo adotado, foram realizadas análises químicas para a determinação da quantidade de nutrientes alocados nos diversos compartimentos das árvores (copa, fuste – madeira + casca). A área de plantio necessária para atender a cada planta apresentou relação inversa com a densidade de plantio. A produção de eletricidade, nas condições específicas deste trabalho, se mostrou viável para os espaçamentos 3,0x0,5 e 3,0x1,0 em diferentes taxas de juros e para o espaçamento 3,0x1,5 na taxa de juros de 8%. Quando considerada a receita adicional proveniente da comercialização de créditos de carbono, observou-se um acréscimo da atratividade dos espaçamentos estudados, tornando viáveis os espaçamentos 3,0x1,5 e 3,0x2,0 (este último sendo viável somente para as taxas de juros de 8 e 10%).

Com relação ao balanço nutricional da exploração da floresta aos 24 meses de idade, em todos os casos, observou-se que, 21 a 23% dos nutrientes estão alocados na copa, 63 a 67% estão alocados na casca e 11 a 16% estão alocados no lenho. A exploração florestal aos 24 meses de idade tem maior impacto, principalmente na exportação de P, Ca, Mg e K (em menor proporção) que apresentam maiores concentrações na casca (93,82%, 90,81%, 96,97% e 42,5% respectivamente). Considerando o balanço nutricional, a necessidade de reposição de nutrientes devido à exploração, foi inversamente proporcional à densidade de plantio.

Considerando o sistema de exploração da madeira sem a casca a necessidade de reposição nutricional via fertilização é drasticamente reduzida em função do retorno proporcionado pela manutenção da biomassa de copa e da casca no sítio florestal. Isto se constitui e um indicativo de que a silvicultura com eucalipto representa um importante meio de produção de biomassa como insumo para a geração elétrica distribuída.

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Biblioteca de teses – Nei Moreira

Reprodução e estresse em fêmeas de felídeos do gênero Leopardus

Nei Moreira

O gênero Leopardus, estudado neste trabalho, possui três espécies: o gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), a jaguatirica (Leopardus pardalis) e o gato-maracajá (Leopardus wiedii). Essas três espécies estão incluídas na lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção, publicada pelo IBAMA. Para a criação e manutenção de um banco de reserva genético em cativeiro devemos, urgentemente, aumentar a eficiência reprodutiva e diminuir a taxa de mortalidade neonatal. Assim, este trabalho visa especialmente contribuir para esse objetivo, auxiliando na conservação dessas espécies ameaçadas.

Uma série de estudos enfocou a (1) comparação entre amostras fecais secas e úmidas para análise por radioimunoensaio de esteróides em felídeos do gênero Leopardus; (2) hormônios esteróides reprodutivos e atividade ovariana em felídeos do gênero Leopardus; (3) validação de um método de enzimoimunoensaio (EIA) para a determinação de estrógeno em fezes de pequenos felídeos; (4) efeitos das condições de cativeiro nos aspectos reprodutivos e adrenocorticais em fêmeas de gato-do-mato-pequeno e gato-maracajá; (5) progestágenos, estrógenos e corticóides fecais durante gestação, parto e pós-parto em gato-do-mato-pequeno e gato-maracajá; (6) reprodução em fêmeas de pequenos felídeos sul-americanos.

Houve boa correspondência entre as concentrações de esteróides em amostras fecais secas versus úmidas entre as espécies (P <>

O método de EIA foi validado através da demonstração do paralelismo dos resultados com o RIA. As fêmeas de gato-do-mato-pequeno apresentaram um decréscimo na atividade ovariana e um concomitante aumento nas concentrações de cortisol, um indicativo do estresse induzido pela mudança de um recinto grande e ambientado, para um recinto pequeno e vazio.

Os perfis hormonais apresentados durante gestação, parto e lactação em gato-do-mato-pequeno e gato-maracajá assemelham-se muito em linhas gerais aos de outros felídeos, sugerindo que esses mecanismos sejam conservados no táxon, apesar da taxa de excreção de esteróides ser mais espécie-específica. Dessa forma, espera-se que a compreensão da fisiologia reprodutiva e do comportamento dessas espécies, possa conduzir a melhores estratégias de manejo, que resultem em diminuição do estresse e aumento do sucesso reprodutivo.

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