O Marijuana Expectancy Questionnaire (MEQ), instrumento criado nos anos 1980 nos Estados Unidos para avaliar expectativas pessoais sobre o consumo de maconha, ganhou uma versão brasileira, após a autorização de uma das autoras, Sandra Brown, professora do Departamento de Psicologia e Psiquiatria da Universidade da Califórnia em San Diego.
Os responsáveis pelo trabalho de tradução e validação do questionário, publicado nos Cadernos de Saúde Pública, são professores das faculdades de Psicologia e de Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em Porto Alegre.
O MEQ se baseia nas “expectativas de resultados”, um mediador cognitivo do comportamento para o consumo de drogas que se baseia em crenças culturais de seus efeitos.
Para validá-lo, os pesquisadores da PUC aplicaram o questionário em 400 pessoas: 147 usuários de maconha e 253 não-usuários. Segundo Margareth, os resultados do questionário confirmaram, entre usuários brasileiros, noções que haviam sido identificadas em estudos realizados com o mesmo questionário nos Estados Unidos.
A versão brasileira do MEQ é composta por uma escala de 78 itens, distribuídos em seis escalas: prejuízo cognitivo e comportamental; redução de tensão e relaxamento; facilitação social e sexual; aumento de percepção e cognição; efeitos negativos globais; e efeitos físicos.
A partir dessas escalas, o questionário leva em conta, além das expectativas de resultados, as expectativas de eficácia, que envolvem o desempenho e a capacidade que os indivíduos têm para continuar ou parar de fumar maconha.
Segundo a pesquisadora, a versão brasileira do MEQ é indicada tanto para o uso em estudos acadêmicos como em clínicas de recuperação de dependentes.
Os pesquisadores e demais interessados em adquirir a versão brasileira do Marijuana Expectancy Questionnaire (MEQ) devem entrar em contato pelos e-mails marga@pucrs.br ou rosemeripedroso@yahoo.com.br.
Para ler o artigo Tradução, adaptação e validação da versão brasileira da escala Marijuana Expectancy Questionnaire, disponível na biblioteca eletrônica SciELO (FAPESP/Bireme), clique aqui.
Fonte: Agência FAPESP
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