“O Prometro está permitindo a atualização e a renovação dos quadros do Inmetro”, afirmou. Segundo o diretor, os investimentos tanto na formação de recursos humanos quanto em equipamentos e infra-estrutura chegam a cerca de US$ 25 milhões, nos último quatro anos.
Na avaliação do diretor, esses investimentos permitiram, por exemplo, a inserção do instituto no estabelecimento de padrões para os biocombustíveis. “Toda uma estrutura vem sendo montada para a caracterização de biocombustíveis”.
Ele anunciou também que novas ações estão previstas para este ano. A de maior destaque, que deverá complementar as iniciativas do Prometro, é a criação de um mestrado profissional para formar pessoal especializado
Wanderley de Souza explicou que essas ações são reflexo do processo de reestruturação do instituto e do aumento da demanda tanto por parte do Estado quanto da iniciativa privada pelos serviços prestados.
Mesmo com esses avanços no Inmetro e a recente reestruturação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o coordenador geral de Serviços Tecnológicos do MCT, Reinaldo Ferraz, enfatizou que “o Brasil tem uma estrutura [em TIB] que ainda é pequena, considerando o tamanho da economia nacional”. A economia brasileira está entre as dez maiores do mundo.
Segundo Ferraz, o país não consegue exportar produtos para mercados mais exigentes, como a União Européia e os Estados Unidos, por exemplo, se eles não tiverem certificados. Ele lembrou ainda que há, no comércio internacional, um crescimento significativo das barreiras técnicas em relação às tarifárias. Entre as novas tendências, ele listou as normas em responsabilidade social e a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). “Já é visível que o processo de certificação de produtos está aliado à Avaliação do Ciclo de Vida”.
Na avaliação do diretor de Inovação e Acesso à Tecnologia do Sebrae, Paulo Alvim, a tecnologia industrial básica (TIB) deve ser encarada, a partir de agora, segundo a demanda das empresas. “Temos que olhar a TIB pela necessidade do mercado. É uma prioridade do Sebrae investir para que as micro e pequenas empresas usem os serviços de TIB”.
A grande questão, no momento, segundo Alvim, é como garantir o acesso dos pequenos empreendedores aos serviços prestados por institutos tecnológicos. Ele lembrou que a instituição está desenvolvendo, em parceria com a ABIPTI, um programa de capacitação de pequenos empresários nas funções de TIB. “Organizamos a oferta e percebemos que temos de organizar a demanda”, observou.
Fonte: Gestão CT
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