O aparelho, indicado para o tratamento da água em piscinas, aquários, caixas d'água e efluentes industriais, é formado por três componentes principais: secador de ar, gerador de ozônio e centro de comando.
Após ser captado da atmosfera, o ar ambiente, que tem cerca de 20% de oxigênio, perde umidade no secador e entra no gerador de ozônio. Ali, o oxigênio recebe uma descarga elétrica para que suas moléculas se quebrem e se agrupem novamente na forma de ozônio. Segundo os pesquisadores, o processo não agride o meio ambiente, pois não utiliza nenhum produto tóxico.
“O que fizemos foi utilizar técnicas conhecidas para desenvolver um equipamento que chega a custar dez vezes menos do que modelos semelhantes fabricados em outros países”, disse Samy Menasce, diretor da Brasil Ozônio. O ozônio pode ser aplicado no ar ou na água, em substituição ao cloro, para a eliminação de bactérias.
Segundo Menasce, quando o gás é transferido para a água, um dispositivo conhecido como “venture” deve ser acoplado ao gerador de ozônio. “O venture é um tubo plástico com algumas deformações internas que agitam o gás antes de ele ser inserido na água”, explicou.
Para que a água seja tratada antes de chegar à piscina, o venture é instalado junto ao filtro. “Com o centro de comando, é possível programar a limpeza da água periodicamente. Outra vantagem é que todo o equipamento em funcionamento consome energia equivalente à de uma lâmpada de 200 watts”, disse.
O ozônio pode ser usado ainda para aplicações como a eliminação de fungos
“É preciso redobrar o cuidado com esse tipo de aplicação, pois, a partir de concentrações específicas, o ozônio pode ser tóxico. No ar, por exemplo, o gás deve ser aplicado somente em lugares fechados e que não tenham presença humana”, ressaltou Menasce.
A Brasil Ozônio tem mais de 70 aplicações de ozônio solicitadas por empresas, em diferentes setores industriais. “Desse total, temos apenas 15 soluções tecnológicas já prontas, o que deixa evidente a necessidade de novas pesquisas científicas na área”, afirma Menasce.
Fonte: Agência FAPESP
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