A transformação de detritos altamente poluente em energia elétrica e água potável se dá através do sistema denominado Biogás-H – um biodigestor recebe os resíduos e os transforma em biogás, rico em gás metano. Depois, um sistema de reforma capta o biogás e produz o hidrogênio, que passa ainda por uma reação química com o oxigênio e resulta em energia elétrica e água potável.
Esse processo permitirá não só a produção de energia, mas também vai ajudar a reduzir ou eliminar boa parte da poluição e da contaminação do lençol freático da região, um problema ambiental de enormes proporções, e deve entrar em operação em março de 2007, numa parceria da Unisul, Eletrosul e com tecnologia da Raetch, empresa de pesquisa e desenvolvimento.
“A novidade não está na produção de gás a partir dos dejetos suínos, mas sim na utilização do hidrogênio na produção de energia limpa e água potável, isso é o supra-sumo em termos de novas tecnologias em energias renováveis”, avalia o professor Youssef Ahmad Youssef, da Unisul.
Também na linha de energia limpa e renovável, outro projeto que está saindo do papel vai gerar essa forma de energia a partir das ondas do mar. Um consórcio vai instalar geradores próximos ao porto de Imbituba para captar a energia obtida pelo movimento das ondas e transformá-la em energia elétrica. Essa tecnologia já existe em muitos países. No Brasil, um protótipo foi instalado pela Coppe no Porto do Pecém, Ceará, a
Em cada local há pequenas diferenças na tecnologia empregada – em Imbituba, a inovação tecnológica será na utilização de dispositivos mecânicos que, por pressão, farão funcionar o gerador de eletricidade. De acordo com levantamento realizado pela Coppe, se todo o potencial energético do litoral brasileiro fosse utilizado, seria possível suprir 15% da energia consumida no país, que gira em torno de 300 mil GWh/ano. Em escala mundial, o potencial dos oceanos pode suprir toda a demanda de energia existente.
Fonte: Rádio Criciúma
Nenhum comentário:
Postar um comentário