Os temas que serão abordados pela rede são: gestão dos recursos hídricos – pois no Cerrado estão as nascentes das principais bacias hidrográficas do país, os estudos dos impactos da produção matéria prima para a expansão dos biocombustíveis e o estudo da dimensão humana.
Para a Coordenadora Geral de Gestão de Ecossistemas do MCT, Maria Luiza Alves, "É importante, desde o inicio da discussão, mapear os potenciais parceiros e instituições que atuam no Bioma, comprometendo assim todos os integrantes na definição de um projeto estratégico multidisciplinar e multiinstitucional capaz de responder às demandas atuais para a conservação e o uso do Cerrado. É fundamental que haja adesão dos diversos segmentos sociais e apoio político para a consolidação dessa Rede".
O primeiro passo para a criação da Rede foi a oficina Com Cerrado que aconteceu entre os dias 20 e 21 de março. A reunião contou com a presença de pesquisadores de dez estados - além do Distrito Federal - e de técnicos do MCT e do MMA, para discutirem as questões científicas prioritárias para sua criação.
Durante a Oficina foram instalados dois comitês provisórios para dar continuidade ao trabalho de estruturação da Rede. O Comitê Gestor reúne representantes do MCT, do MMA e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além de universidades do Piauí, Tocantins, Minas Gerais e de Brasília.
Estão previstas ainda para este ano, com o apoio da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do MCT, reuniões técnicas de definição de um projeto de banco de dados a ser criado para o Cerrado, três oficinas regionais para discussão das questões cientificas e tecnológicas, bem como um workshop para caracterizar o estado da arte sobre o conhecimento científico e tecnológico ambiental do cerrado.
Esta iniciativa é resultado do compromisso do MCT em aprofundar as diretrizes para o tema Ciência e Tecnologia contidas no Programa Cerrado Sustentável, instituído pelo MMA. Para a consolidação e estabelecimento de um apoio financeiro para a Rede, o MCT pretende propor uma ação no Plano Plurianual (PPA) 2008-2011.
O cerrado ocupa uma extensão de cerca de 220 milhões de hectares, ou seja, 22% do território nacional, incidindo sobre os estados do Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MCT
Nenhum comentário:
Postar um comentário