Os computadores no mercado varejista, que já haviam registrado queda nos preços, vão ter seus custos para o consumidor mais uma vez puxados para baixo. Nesta semana, o governo federal, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), publicou portaria com uma série de alterações na configuração do projeto Computador para Todos.
A intenção é fazer com que a população possa adquirir equipamentos mais atualizados, com preços acessíveis, utilizando os créditos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF). O principal destaque é a inclusão dos computadores portáteis na medida.
Para facilitar a compra do produto, o governo vai oferecer crédito para os computadores portáteis, cujo valor chegue até R$ 1,8 mil.
Além dos portáteis, os consumidores terão as mesmas condições oferecidas para os computadores de mesa (desktops), os quais terão seus preços reduzidos de R$ 1,4 mil para R$ 1,2 mil. Outro benefício do Programa para os desktops é a de oferecer um equipamento padrão com mais capacidade de memória e possibilidades de utilização de dois processadores.
Dentro do mercado de computadores pessoais no País, os notebooks deverão evoluir dos 8,2% comercializados em 2006 para 14% em 2007. O mercado estima que o crescimento médio no ano será de, aproximadamente, 10% no volume das vendas.
Em 2005, os consumidores adquiriram 5.672 milhões de unidades de computadores de mesa. No ano passado, o consumo saltou para 8.225 milhões, um aumento de 46% nas aquisições. Entre 2005 e 2007, o Banco do Brasil e a Caixa financiaram 11.509 equipamentos com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Por sua vez, o BNDES ofereceu, em 2006, às empresas varejistas, crédito para aproximadamente 146 mil unidades.
Duas ações garantiram estes números: o Programa Computador para Todos e a Lei 11.196/2005, que isentou de PIS e da Cofins os computadores pessoais com custo de até R$ 4 mil. Outra iniciativa que contribuiu para baixar o preço é a utilização de software livre, em vez de software proprietário, nas configurações dos equipamentos.
As medidas também estão contribuindo para o declínio do mercado cinza, formado basicamente por produtos contrabandeados. No primeiro trimestre de 2006, o mercado cinza detinha 53% de participação ilegal na compra dos desktops. No mesmo período deste ano, a porcentagem caiu para 37,5%. A queda é observada, ainda, em relação aos computadores portáteis, que baixou de uma parcela de 40% do primeiro trimestre de 2006 para 27% no último trimestre do mesmo ano.
Em 2006 foram comercializados 3,5 milhões de computadores para o segmento doméstico, sendo que 63% corresponderam à compra do primeiro computador. Estima-se que no mesmo ano 19% dos domicílios brasileiros possuíam um computador pessoal.
Os dados são da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
Fonte: Em Questão
sábado, 19 de maio de 2007
Medidas para ampliar a inclusão digital
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