Os pesquisadores do Cetene querem fornecer ao setor privado cana-semente sadia, livre de patógenos que provocam doenças comuns, para aumentar a produtividade dos pequenos e médios produtores do setor sucroalcooleiro. A idéia é formar parcerias com a iniciativa privada nos estados que são maiores produtores de cana-de-açúcar no Nordeste.
O projeto vai permitir que pequenos e médios fornecedores tenham acesso ao mesmo material genético hoje disponível para as maiores usinas da região.
Alta produtividade
O trabalho da biofábrica consiste na micropropagação de materiais genéticos de alta produtividade tratados termicamente para a eliminação de patógenos. Com a técnica, é possível aumentar em até 30% o potencial produtivo da cultura, desde que associada à utilização de variedades mais produtivas e a um adequado uso de técnicas de cultivo e insumo.
O Cetene utilizará as variedades da Ridesa para a produção de cana-semente. As plantas matrizes serão obtidas nas estações experimentais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Carpina (PE), e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que integram a Ridesa.
Cada 15 mil mudas micropropagadas plantadas (viveiro primário) em um hectare dão origem a rebolos (ou canas-semente) suficientes para plantar
Essas plantas possibilitarão a renovação de até 320 mil hectares de cana-de-açúcar, entre 2009 e 2012, o que representa mais de 30% de toda a cana cultivada na região.
O projeto prevê que as mudas produzidas pela Biofábrica Governador Miguel Arraes e já aclimatadas sejam distribuídas gratuitamente com os assentamentos da reforma agrária que produzam cana-de-açúcar e com fornecedores de até 2 mil toneladas/ano.
Para os fornecedores de
Para o fornecedor de até 2 mil toneladas não haverá aumento de custos de plantio. Já para o estrato entre 2 e 10 mil t/ano, o plantio com a utilização de canas de meristema representa cerca de 30% de acréscimo de custos apenas no viveiro primário. Entre 10 e 50 mil t/ano, o acréscimo representa 50% e, para os grandes produtores, 75%. Os custos dos viveiros secundários são idênticos aos do plantio comercial.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MCT - Agência CT
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