As conclusões do estudo de viabilidade foram apresentadas nesta quarta-feira (25), durante o 13º Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, em Florianópolis (SC), pelo engenheiro Mário Marcos Quintino da Silva, do Inpe.
O radar imageador é uma das opções do sensoriamento remoto no levantamento de recursos naturais e monitoramento do Planeta.
Distinto dos sensores ópticos, que dependem do Sol para prover informações físicoquímicas dos alvos, um SAR (Synthetic Aperture Radar) opera nas microondas, fornece informações geométricas e elétricas dos alvos e é o único sensor remoto com penetrabilidade na copa vegetal.
Sua capacidade de prover imagens com elevada resolução espacial, independente de condições atmosféricas e iluminação solar, torna-se estratégica para aplicações no trópico úmido (Amazônia, por exemplo), onde a presença de chuvas, nuvens e fumaça impõe restrições ao imageamento óptico.
Com grande parte do território coberta por floresta ombrófila densa, a aquisição de informações na Amazônia é complicada também pela extensão, dificuldades de acesso e complexidade de clima e ambiente.
Consequentemente, a possibilidade de obtenção de imagens produzidas pelo radar imageador representaria um grande avanço no fornecimento dados e no monitoramento do desmatamento.
O Mapsar possui uma vasta gama de aplicações, que incluem as áreas de estudos costeiros, monitoramento de atividades da indústria petrolífera, ecossistemas alagados, mineração, desflorestamento, cartografia, entre outras.
As conclusões apresentadas no 13º SBSR consideram a possibilidade de construção de um satélite de aproximadamente
Caberia à Alemanha a concepção da carga útil e análise de órbita. Nessa cooperação, o programa Mapsar seria dividido em iguais proporções entre Brasil e Alemanha. O acordo prevê total acesso dos engenheiros brasileiros à tecnologia utilizada pela DLR, em qualquer fase do projeto, o que significa uma possibilidade de ganho de conhecimento para o País.
O custo total previsto para o Mapsar é de 100 milhões de euros, incluído o lançamento. O prazo para a conclusão do projeto é de 5 anos.
Fonte: Assessoria de Imprensa do INPE / Agência CT
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